Angola fechou os 12 meses do ano passado a assistir uma queda de 11,6% no volume de exportações de petróleo bruto, ao ter vendido apenas um total de 394,2 milhões de barris, contra os 446,3 milhões despachados para o exterior em 2020, de acordo com um balanço do período, disponibilizado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
A explicar a queda no volume de exportações de Angola para o mercado internacional de petróleo esteve, entre outros factores, a Pandemia da Covid-19, que arrefeceu a actividade económica por todo lado e, por isso, reduziu a procura por energia no mundo.
Os números foram tornados públicos na tradicional reunião trimestral do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás que visa fazer o balanço das actividades da indústria de petróleo e gás no país no fim de cada trimestre, isto é, desde a produção, venda e receitas arrecadadas. Desta vez, esteve em análise as operações do país referente ao quarto trimestre de 2021 e o resumo de todo o ano transacto.
Assim, e de acordo com os dados avançados, do total de vendas realizadas por Angola em todo ano passado, os cofres públicos absorveram um total de 27,8 mil milhões de dólares, precisamente 27.874.668.489,53.
Entretanto, no balanço individual do quarto trimestre de 2021, o país exportou um total de 98,9 milhões barris de petróleo bruto, avaliados ao preço médio ponderado de 79,077 USD/bbl, que resultou numa receita bruta na ordem de 7,8 mil milhões de dólares, precisamente 7.825.830.588,82.
De acordo com as contas do Ministério, o volume exportado no quarto trimestre de 2021 representa um aumento de 0,3%, comparativamente ao terceiro trimestre do mesmo ano, e uma diminuição de 4,9% em relação ao trimestre homólogo de 2020.
Também se assistiu a um aumento do preço médio das ramas angolanas. No referido período, verificou-se um aumento de 7,72% comparativamente ao terceiro trimestre do mesmo e de 76,88% em relação ao período homólogo de 2020.
A justificar o aumento dos preços das ramas angolanas estiveram, entre outros factores, o anúncio da decisão da OPEP+ em continuar o aumento gradual da produção, mantendo ao mesmo tempo as reuniões abertas para eventuais ajustamentos. Terá contribuído igualmente para a alta dos preços o “Furacão Ida”, que limitou a produção norte-americana, além da procura adicional por petróleo pela China, isto devido às inundações que causaram o encerramento das minas de carvão.