O Programa Alimentar Mundial (PAM) assinou um acordo com 12 cooperativas agrícolas guineenses para compra de alimentos, para abastecer a Cantina Escolar, destinados a 178 mil crianças de 852 escolas assistidas pela organização em todo o país, um programa de incentivo à escolarização de petizes.
Às referidas cooperativas o PAM vai comprar arroz e feijão, até adquiridos no exterior. No âmbito do acordo, e numa primeira fase, prevê-se a compra de 663 toneladas de arroz, base da dieta alimentar no país, e 109 toneladas de feijão, a um custo total de 491 milhões de francos CFA (cerca de 326 mil euros).
O acordo foi assinado entre as cooperativas e o representante do PAM na Guiné-Bissau, Claude Kakule Makanda, na presença dos ministros guineenses da Educação, Henri Mané, e da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fatumata Djau Baldé.
O representante do PAM na Guiné-Bissau enalteceu a importância da compra de produtos locais para abastecer o programa Cantina Escolar, sublinhando ser também uma forma de promoção do emprego e empreendedorismo rural.
Segundo à Lusa, durante cerca de dois meses, ao abrigo da Cantina Escolar, um programa que consiste em dar alimentos às crianças para incentivar a sua ida à escola, nomeadamente em comunidades carenciadas. Até aqui, os alimentos utilizados no programa Cantina Escolar têm sido adquiridos fora do país.
“A alimentação escolar é uma ferramenta importante para garantir a matrícula e a permanência das crianças no sistema formal de ensino. Na Guiné-Bissau é um elemento para garantir a boa alimentação e nutrição das crianças, garantindo-lhes pelo menos uma refeição completa e nutritiva diariamente”, refere o PAM numa nota distribuída à imprensa.
Estudos do Governo guineense indicam que, em várias comunidades rurais, as crianças só vão à escola e lá permanecem se souberem que vão receber comida durante o período lectivo e também para o apoio aos familiares.
Para Claude Kakule Makanda, a compra de produtos aos agricultores irá ajudar a combater a fome e a erradicar a pobreza no país. O dinheiro para a compra dos alimentos foi disponibilizado pelo Governo guineense e pela Finlândia.
*Napiri Lufánia