Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) vão receber um total de três milhões de vacinas de Portugal, contrariamente a um total de um milhão de doses que tinham sido anteriormente avançados. A ‘boa-nova’ foi revelada pelo Primeiro-Ministro português, António Costa, na conferência de imprensa realizada no fim da XIIIª Cimeira de Chefes de Estado e de Governos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ao todo, serão sete os países que vão beneficiar desta acção de Portugal, já que, segundo António Costa, Timor-Leste, outro país lusófono, também entra nas contas das três milhões de doses de vacinas. “Relativamente ao compromisso que tínhamos assumidos, era que os 5% a que nos referimos traduzissem cerca de um milhão de vacinas, que se destinariam aos PALOP e ainda a Timor-Leste. Anunciamos hoje (dia 17) que íamos triplicar, passando de um milhão para três milhões o número de vacinas a distribuir”, garante.
De acordo com o governante português, as três milhões de doses de vacinas não é tudo que Portugal tem para distribuir. Pelas contas do Primeiro-Ministro português, Portugal pode ainda disponibilizar um total de 4 milhões de vacinas. Ou seja, para além destas três milhões de vacinas com afectação aos PALOP, o país tem mais um milhão de dose, que podem ser aplicadas noutros programas.
“Teremos mais um milhão que afectaremos a outros programas, designadamente, podemos alargar ao Brasil, aos países da américa Latina ou poderemos simplesmente integrar no mecanismo Covax sem nenhum destinatário específico. Essa é uma margem de gestão que ainda conservamos (…)”, reforça.
Ao fazer o balanço das acções de Portugal junto da CPLP, António Costa e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sublinharam que o país não só apoia a organização comunitária com vacinas, indicando também acções como o fornecimento de analgésicos ao Brasil, a disponibilização de apoio técnico, ventiladores, equipamentos de proteção individual, camas, formação, consumíveis e recursos para testes e análises clínicas como parte dos apoios além das doses de vacinas.
A lista de ajudas de Portugal a países-membros da CPLP não fica por aí. O ministro português Santos Silva enumerou também que Portugal tem apoiado com investigação e produção de vacinas no mecanismo Covax, que já levou ao investimento de 10 milhões de euros, por parte da Nação lusa.