O serviço da dívida dos países africanos, que corresponde a juros e reembolso de capital, custo que resulta também da notação das agências, chegou aos 74 mil milhões de dólares até 2022, quando em 2010 rondava os 17 mil milhões de dólares.
A média dos pagamentos do serviço da dívida nos países africanos cresceu de 12,7% no período de 2020 a 2022, face aos 8,4% que registou de 2015 a 2019, como chegou a noticiar a Lusa.
Um aumento tal que levou a que o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, viesse a defender a criação de uma agência de notação de crédito em África, já que na sua perspectiva o continente africano é avaliado de forma injusta, levando ao aumento dos custos da dívida.
“É importante a necessidade de analisarmos a forma como os países africanos são classificados pelas agências de notação de crédito”, sublinhou Adesina, acrescentando que os estudos demonstram a necessidade de tratar os países africanos de forma justa.