A consultora Oxford Economics Africa diz que a melhoria do rating da Fitch demonstra mais confiança em Moçambique, mas duvida das reais mudanças na governação do país.
A análise da consultora indica que a melhoria das notações de crédito soberano de Moçambique e a retoma do apoio geral ao orçamento por parte das instituições de Bretton Woods são sinais de que a confiança no Governo está a ser restabelecida, o que está a catalisar mais empréstimos e investimentos estrangeiros.
No documento consultado pela Lusa, os analistas concordam com os comentadores locais em relação a que praticamente pouco mudou em termos de governança e que há indícios de que o autoritarismo está, de facto, em ascensão.
O influxo de financiamento concessional e doações que está à vista é muito bem-vindo e essencial para os esforços de Moçambique para reconstruir a província de Cabo Delgado, devastada pela guerra, e financiar o seu défice orçamentário.
A Oxford Economics Africa destaca ainda o anunciado plano do Governo para aplicar mais de 300 milhões de euros para restaurar infra-estruturas em Cabo Delgado nos próximos três anos.
A organização diz esperar que o governo moçambicano utilize agora o seu melhor acesso ao financiamento externo para implementar reformas que evitem outra “crise de dívidas ocultas” e ajudem a estabilizar a situação de segurança na região Norte, rica em gás, cujas reservas são críticas para a economia de longo prazo do país, para o desenvolvimento e sustentabilidade.
A agência prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acelere para 7,7% em 2024 e permaneça alto até 2026.