Angola deve terminar os 12 meses de 2022 com uma taxa de inflação a fixar-se nos 18,3%, de acordo com uma projecção da Oxford Economics Africa, com base numa análise ao relatório do Instituto Nacional (INE) do país.
Na prática, os analistas da instituição cortam acima de 7 pontos percentuais (pp), precisamente 7,4 (pp), à taxa de inflação com que o país fechou 2021, os expressivos 25,7%.
Também na sua análise, que foi enviada para os investidores dos mercados financeiros internacionais, a consultora Oxford Economics Africa estima ainda que a moeda angolana, o Kwanza, abrande a trajectória de subida. Ou seja, o Kwanza deverá ganhar terreno face às principais divisas internacionais, com o dólar e o euro.
“Antevemos que uma apreciação da taxa média de câmbio do Kwanza e um abrandamento na subida dos preços das matérias-primas ajudem a inflação a abrandar para atingir uma média de 18,3% em 2022, depois dos 25,7% registados em 2021”, lê-se num comentário aos dados do INE, citados pela Lusa.
Os analistas escrevem ainda que ,”apesar das condições económicas deprimidas e da recente robustez do kwanza, a inflação continuou a sua trajectória ascendente em 2021″, motivada principalmente pelos efeitos da significativa queda da moeda angolana em 2019 e 2020, que surgiu devido aos preços globais do petróleo e à reduzida intervenção do banco central, que fez a moeda perder 56% do valor face ao dólar nesses dois anos”.
Para a Oxford Economics Africa, a inflação em Angola continuou a aumentar, chegando aos 27,03% em Dezembro, o valor mais alto desde julho de 2017, e subindo também 2,1% face ao valor de Novembro.