O artista plástico angolano, Osvaldo Ferreira, apresenta na galeria do Banco Económico a exposição intitulada “Dissidência Extravagante”, que retrata, através da representação na pintura, aspectos invisíveis de uma história social que se tece na vida quotidiana da cidade de Luanda, desde a mulher zungueira, taxistas entre outros.
Com recurso a uma construção estética singular, pautada pelo uso exacerbado da cor e pela reinvenção dos padrões dos tecidos tradicionais africanos, o artista traz o dia- a- dia da vida dos cidadãos luandenses.
A exposição, uma parceria entre as galerias This is not White Cube e do Banco Económico, visa contribuir, com regularidade, para a implementação de projectos individuais e colectivos, capazes de dar maior suporte e impulso à carreira de jovens artistas angolanos e depois apostar na internacionalização.
A exposição, que reúne um total de 20 obras inéditas produzidas o ano passado pelo artista, ficará patente até ao próximo dia 31 de Dezembro.
Para a curadora da galeria This is not White Cube, Graça Rodrigues, “é através de um continuado exercício de investigação, experimentação e questionamento, que o autor vai propondo e redefinindo localmente novos caminhos para a arte figurativa, com formas de representação e imagens que nos surpreendem pelas suas contraposições e contrastes e que, consequentemente, se integram no espaço de uma modernidade que desde há muito se vem encarregando de desconstruir as categorias estéticas tradicionais”.
Osvaldo Ferreira, galardoado este ano com o “Grande Prémio de Pintura ENSA Arte”, é um dos primeiros artistas formados em Artes Visuais, pelo Instituto Superior de Artes, e as suas obras de pintura centram-se na exploração de temas do quotidiano da sociedade angolana.