A Forbes visitou algumas delas e apurou que os robots de conversação por mensagem, os chamados chatbots, tornaram-se nos novos assessores da gestão moderna em Angola. Ajudam a dar respostas rápidas aos clientes e a poupar o esforço dos recursos humanos, permitindo que estes se possam focar em tarefas mais exigentes e às quais a tecnologia ainda não é capaz de dar solução. Esses robots asseguram o contacto permanente com os clientes e consumidores que procuram por suporte técnico ou esclarecimentos 24 sobre 24 horas.
Os avanços tecnológicos têm proporcionado às empresas um maior controlo e facilidade quanto às operações com os clientes.
A maioria das instituições do mundo tem abordado um conceito mais promissor relativamente à redução do tempo operacional e à eficiência do negócio, com recurso a mecanismos que permitem a não intervenção humana, através de conversas interactivas usando voz natural ou texto.
Estamos a falar dos chatbots, um serviço online que é alimentado por regras ou inteligência artificial, com o qual os parceiros e clientes de uma organização podem conversar, tirar dúvidas ou mesmo efectuar compras, através de aplicativos de mensagens e sistemas de chat como o Whatsapp, Facebook Messenger,Telegram, Slack, Skype e outros. São, na verdade, assistentes virtuais que intermedeiam as informações fundamentais entre uma empresa e os seus clientes durante 24 horas em todos os dias da semana.
A Salesforce, empresa americana de software on demand, aponta que 69% dos consumidores preferem usar chatbots pela velocidade com que podem comunicar com as marcas. Já a BI Intelligence, devido aos avanços no processamento de linguagem natural e reconhecimento de fala, avança que o custo de desenvolvimento de chatbots caiu consideravelmente e estima que cerca de 80% das empresas no mundo usarão chatbots este ano.
As empresas angolanas não estão alheias e não ficaram atrás naquilo que hoje é uma tendência da gestão moderna ao nível mundial. Desde seguros, telecomunicações até à banca, a Forbes apurou que há empresas na linha da frente.
O CEO da Digital Factory, Dércio Viegas, conta que nos últimos seis meses a procura por soluções tecnológicas que auxiliem na gestão corrente das empresas aumentou exponencialmente.
Dércio Viegas não tem dúvida de que, no actual contexto, é quase que obrigatório as empresas ligadas às telecomunicações, ou, de alguma forma, ao e-commerce utilizarem chatbots.
A Digital Factory esteve envolvida em diversos projectos e contribuiu com a criação de diferentes soluções de robots (ou Robotic Process Automation) e chatbots. Existe um projecto de destaque com a Ucall e que se chama Tinbot, que foi o primeiro a envolver esta solução tecnológica.
Os chatbots desenvolvidos pela Digital Factory permitem dar respostas em tempo real aos clientes que estão a navegar no site e, com integração a bases de dados, também dão resposta e executam os pedidos feitos pelos clientes, como reservas, vendas ou pesquisas.
Ler mais na edição 45 Outubro/Novembro da FORBES Angola, já disponível.