Pelo sétimo ano consecutivo, o homem mais rico do continente africano é o magnata do cimento e das matérias-primas Aliko Dangote. Detentor de uma fortuna que a FORBES calcula em cerca de 10 mil milhões de euros, Dangote conta agora com mais 83 milhões do que há um ano. Grande parte do seu império é alimentado pela indústria cimenteira, mas não só. No ano passado, o empresário nigeriano canalizou largos investimentos para uma empresa de produção de fertilizantes e para uma grande refinaria de petróleo.
O bom momento dos mercados de capitais e a subida dos preços das matérias-primas foram dois importantes vectores para o crescimento dos rendimentos de Dangote no último ano, assim como da maioria dos multimilionários (com rendimentos acima de mil milhões de euros) africanos. Que o diga Strive Masiyiwa, magnata das telecomunicações e o primeiro multimilionário do Zimbabwe. Como resultado de uma brutal valorização de 800% da cotação das acções da Econet Wireless Zimbabwe na Bolsa de Arare (em que Masiyiwa detém 50% do capital), a sua fortuna líquida disparou para 1,4 mil milhões de euros.
As fortunas de 13 dos 23 magnatas desta lista subiram desde o ano passado. Apenas em quatro situações foram verificadas correcções. Foi o caso de Isabel dos Santos, uma das duas mulheres que integram a lista, que actualmente tem uma fortuna estimada em 2,2 mil milhões de euros, face a 2,7 mil milhões há um ano – a sua fortuna caiu em parte devido a uma redução do valor contabilístico do angolano Banco BIC. A outra mulher a figurar na lista da FORBES é a nigeriana Folorunsho Alakija, cuja fortuna avaliada em 1,3 mil milhões de euros provém da exploração de petróleo por parte da Famfa Oil, que trabalha em parceria com a Chevron e a Petrobras numa lucrativa exploração petrolífera off-shore.
Conheça a lista dos 23 mulmilionários do continente africano na edição de Março.