A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz estar preocupada com a alta taxa de letalidade do surto da cólera em Angola, enfatizando a necessidade de acções imediatas e reforçadas, tanto a nível comunitário quanto hospitalar para reduzir as taxas de mortalidade, numa altura em que a capital do país regista falta de água potável.
Em comunicado, a OMS enfatizou a importância de trabalhar com líderes tradicionais para encorajar o uso de soluções de reidratação oral nas comunidades, especialmente para pacientes que se deslocam a unidades de saúde.
No final de uma reunião de alto nível convocada pela Ministra da Saúde no Hospital Geral de Cacuaco para abordar o surto de cólera em Angola, o fortalecimento da gestão de casos e das intervenções hospitalares foi identificado como uma prioridade imediata.
Foi ainda destacada a necessidade de melhorar a infra-estrutura de água e saneamento, incluindo higiene, com a Empresa Pública de Água (EPAL) reconhecida como um actor chave para garantir o acesso a água potável.
Recorde-se que o surto já afectou três províncias, como Luanda, Icolo e Bengo e Bengo, com 119 casos confirmados até 10 de Janeiro de 2025.
O primeiro caso foi reportado a 5 de Janeiro de 2025. O Ministério da Saúde apresentou um plano de resposta detalhado para enfrentar o surto, delineando estratégias de contenção e mitigação.
Os esforços de preparação nas províncias ainda não afectadas pelo surto foram elogiados, enquanto o desafio global de escassez de vacinas foi destacado. A OMS observou que, com muitos países enfrentando surtos de cólera e com doses limitadas de vacinas disponíveis no stock global gerido pelo Grupo de Coordenação Internacional (ICG), continua empenhada em advogar pela alocação de vacinas para Angola.