Num mundo onde cerca de 1 bilhão de pessoas vive com algum transtorno mental, de acordo com a OMS, é apenas presumível dizer que a saúde mental tornou-se na última década, uma das maiores crises à nível de saúde pública.
A verdade é que o desenvolvimento socioeconómico parece estar intrinsicamente ligado a qualidade de vida das pessoas e ao seu bem estar emocional, e a prova da crescente unanimidade deste facto, está na exponencial tendência do chamado “mental coaching,” principalmente por parte dos grandes empreendedores.
E porquê que os grandes líderes de negócio estariam interessados neste tipo de acompanhamento personalizado? A resposta é simples: eficácia.
A inovação é a alma do negócio
Gerir um negócio em tempos de crescimento e estabilidade é uma coisa, mas gerir uma crise interna com eficiência e discernimento ao mesmo tempo que se tenta não sucumbir a ansiedade ou a pressão, é uma habilidade que não cabe a todos.
A longo prazo, ter alguém que nos redireciona para novos métodos de trabalho e aptidões, é meio caminho andado para não se deixar cair no engodo da estagnação. Mais importante ainda, é necessário ter em conta este mantra: a inovação é a alma do negócio.
Pensar fora da caixa é um dos pilares do sucesso, principalmente num mercado de trabalho tão competitivo em que todas as ideias, táticas e artifícios parecem todas já saturadas e em pleno desgaste. Hoje em dia, a melhor liderança é aquela que está associada à estratégias de maximização de resultados, proatividade e resiliência para ultrapassar percalços e adversidades. Se procura êxito duradouro, acredite, os problemas virão inevitavelmente ter consigo em algum momento, e como aprender a contorna- los é o que distingue muitas vezes um “self-made,”de um fracasso. E é precisamente aqui que a mentoria especificada entra em jogo.
O coaching em si é um processo lógico que usa métodos e instrumentos testados para atingir os objetivos do coachee (cliente). A principal função de qualquer mentor é libertar quaisquer “bloqueios” que impeçam o seu cliente de atingir as metas previamente traçadas. Tipicamente, o processo de acompanhamento por parte de um coach poderá levar até cerca de 12 meses mediante a necessidade de cada caso, tendo em conta que é necessário construir uma boa relação de confiança e cooperação entre ambas as partes. Mas mais relevante que os métodos utilizados pelo mentor, está obviamente a vontade de aprendizagem do cliente. De que interessa ter as ferramentas certas ao seu dispor se não fizer questão de aprender a manuseá- las?
Paula Cristina Borges, coach e diretora pedagógica do Instituto de Ciências Comportamentais e de Gestão (NLPC), reitera sempre nos seus seminários que o coaching não é nenhum truque de magia. “É o próprio coachee que aprende e que melhora as suas capacidades já inerentes,” sublinha.
Esta nova febre, vista por uns como uma nova e indispensável ferramenta de trabalho e acompanhamento dos grandes executivos e empresários, suscita grande debate entre as esferas públicas, pois se por uma lado há quem idolatre esta nova metodologia, há quem a chame de “pobreza intelectual,” utilizada apenas por quem tenta encontrar uma solução rápida e pouco consistente para as suas tomadas de decisões.