Um ataque cibernético à plataforma tecnólogica de suporte às actividades do Banco de Poupança e Crédito (BPC) está a penalizar, desde a última sexta-feira, as operações do banco em todo o território nacional, com redução do tempo de resposta aos vários serviços da instituição bancária, anunciou a entidade em nota divulgada na internet.
Até à tarde desta Terça-Feira, 20, o maior banco angolano de capitais públicos ainda se debatia com este problema. Aliás, até o site de internet da entidade bancária caiu, nas várias tentativas de acesso pela redacção da FORBES, várias vezes durante o dia.
Em nota, a administração do BPC diz desconhecer as causas e origens do ataque, mas garante que foram seguidos os protocolos de segurança previstos para proteger a integridade dos activos financeiros dos seus clientes, além de ter dado início a “uma rigorosa investigação” sobre a ocorrência.
Além da morosidade das operações do banco, a administração admite também que, fruto deste acto, que afectou alguns servidores, encontram-se temporariamente limitados alguns dos serviços prestados nas agências da rede comercial do banco. “Em alternativa, os clientes podem continuar a utilizar, de forma regular, os serviços do BPC através da Rede Multicaixa”, lê-se na nota do banco chegada à redacção FORBES.
Fonte da administração do banco avançou que ainda não se sabe quando a situação fica resolvida. “Trabalhámos todo o final de semana para dar resposta ao problema, mas, até agora (dia 20), não tivemos solução. Esperamos que isso se resolva brevemente”, disse a fonte.
Apesar disso, a entidade gerida por António André Lopes informou, em nota, aos clientes que “foram tomadas todas as providências necessárias para se reestabelecer a normalidade no mais curto espaço de tempo possível”.
O BPC é um dos 25 bancos comerciais que actuam no mercado nacional. Desde 2019, a nova administração do banco colocou em marcha um programa de revitalização e recapitalização, que, entre outros, inclui a melhoria nos sistemas de controlo interno, informático e no capital humano.
O banco fechou com as contas de 2020 com um prejuízo de 525 mil milhões Kwanzas, a maior perda da história do sistema bancário angolano, de acordo com o relatório ‘Banca em Análise’ 2020, da Deloitte.