A Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) permitiu a Angola economizar em 2021 um total de 100 milhões de dólares norte-americanos, com a produção de 120 mil toneladas de açúcar e 18 mil metros cúbicos de etanol, avançou o director de planeamento da Biocom, Elton Machado.
De acordo com as estatísticas da empresa, Angola consome actualmente mais de 300 mil toneladas de açúcar por ano, mas com a produção local do produto e etanol, o país poupou os referidos 100 milhões de dólares, valores que seriam empregues na importação, caso não fosse produzido localmente.
Em 2020, a empresa produziu 110 mil toneladas de açúcar, uma quantidade inferior em relação a 2021 que foi de 120 mil toneladas, explicou Elton Machado, quando fazia o balanço a operação, durante uma visita guiada de jornalista às instalações da Biocom, localizada na província de Malange, concretamente no município de Cacuso.
Elton Machado projecta que, para 2022, a empresa espera alcançar uma produção superior a 120 mil toneladas conseguidas no ano passado. Referiu ainda que para além de produzir açúcar, etanol e energia, a Biocom pretende continuar a crescer no mercado nacional, ano após ano, para que, até 2025, consiga atingir um total de 250 mil toneladas de açúcar anuais, 37 mil metros cúbicos de etanol e 180 mil megawatts de energia eléctrica.
“O importante para a Biocom é continuar a abastecer as necessidades do país, para o efeito vamos continuar a capacitar as pessoas e cumprir com esses desafios”, afirmou o gestor.
Actualmente, a empresa abastece 80% dos supermercados no país com açúcar branco e castanho.
Com uma área de produção de mais de 81 mil hectares, dos quais 70 mil hectares são cultiváveis e 11 mil hectares se destinam à existência de área de preservação de vegetação, a empresa produz mais de 30 diferentes espécies de cana de açúcar, provenientes de países como o Brasil, Moçambique, EUA e outros.
Mais de 700 novos trabalhadores em 2022
De acordo com a projecção da companhia, para o presente ano económico, estão previstos mais de 700 novos postos de trabalhos, o que eleva para 3.700 trabalhadores directos e 34 mil indirectos.
Ainda no ano passado, a empresa formou 2.123 colaboradores, tendo realizado acções de formação específicas para os operadores de colhedoras e de tractores de transbordo e outros.
*Da enviada especial da FORBES ÁFRICA LUSÓFONA a Cacuso, Malange.