A Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP) indicou o koweitiano Haitham Al-Ghais como o seu novo secretário-geral, para um período de três anos, que assume funções a partir de 1 de Agosto, de acordo com uma nota tornada pública no fim da tarde desta Segunda-feira, 3, a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
O recém-indicado secretário-geral da OPEP é um experiente senhor do petróleo asiático, posição que ganhou com passagens, por exemplo, pela Kuwait Petroleum Corporation (KPC), além de já ter assumido posições no ‘board’ da organização em representação do Kuwait de 2017 a Junho de 2021.
Actualmnte, Haitham Al-Ghais desempenha as funções de director-geral Adjunto para o Marketing Internacional na KPC. Também presidiu ao Comité Técnico Conjunto (JTC) da Declaração de Cooperação (DoC) em 2017 e, subsequentemente, foi membro do JTC até Junho de 2021.
O anúncio da ascensão de Haitham Al-Ghais para secretário-geral da OPEP foi efectivado no que a organização designou por ‘reunião especial da conferência da OPEP’, realizada em regime de vídeo-conferência, sob a presidência do congolês Bruno Jean-Richard Itoua, presidente do bloco e ministro dos Hidrocarbonetos do Congo e Chefe da sua Delegação.
“Em conformidade com o artigo 28º do Estatuto da OPEP e em aplicação do procedimento decidido na 182ª Reunião da Conferência a 1 de Dezembro de 2021, a Conferência decidiu por aclamação nomear o senhor Haitham Al-Ghais do Kuwait como Secretário-Geral da Organização, com efeitos a partir de 1 de Agosto de 2022, por um período de três anos”, anunciou a organização, em nota.
Desde já, a Conferência manifestou o seu apreço a Mohammad Sanusi Barkindo pela sua liderança durante os seus dois mandatos como Secretário-Geral, isto desde 1 de Agosto de 2016 a 31 de Julho de 2022.
Quanto a Mohammad Sanusi, a nota o descreve como ‘veterano da indústria petrolífera’ da Nigéria e da OPEP. Para a organização, Barkindo tem sido fundamental na expansão dos esforços históricos da OPEP para apoiar a estabilidade do mercado petrolífero sustentável através do reforço do diálogo e da cooperação com muitas partes interessadas no sector da energia, incluindo o marco histórico do DoC desde a sua criação em Dezembro de 2016.
“Estes esforços são amplamente creditados por ajudarem a estabilizar o mercado mundial de petróleo desde o declínio sem precedentes do mercado relacionado com a pandemia Covid-19, e por proporcionarem uma plataforma para a recuperação”, aponta a OPEP, em nota.