O Centro Cultural Português (CCP) em Luanda deu início nesta Quinta-feira, 14 de Abril, a uma exposição conjunta de poesia e fotografia que estará patente até ao dia 26 de Maio de 2022, no Camões – CCP Luanda.
Trata-se de uma exposição que junta o escritor angolano Ondjaki e o fotógrafo catalão Jordi Burch. A exposição intitulada “Para pendurar a palavra Gravidade” é realizada em parceria com a galeria This Is Not a White Cube..
A iniciativa inscreve-se no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se celebra no dia 5 de Maio, data instituída em 2019, na Conferência Geral da UNESCO.
“Um estímulo visual pelas imagens de Jordi Burch que desafiam as noções de equilíbrio interno e ordem, acompanhadas ou invadidas pelo desenho das palavras de Ondjaki. Uma dança a dois, onde a presença da imagem se liga simbioticamente à poesia em língua portuguesa, celebrando assim uma língua que une mais de 260 milhões de pessoas em todo o mundo”, descreve um comunicado de imprensa do Camões, citado pela Lusa.
Ondjaki, nasceu em Luanda em 1977. É licenciado em Sociologia e doutorado em Estudos Africanos. Prosador e poeta, também escreve para cinema, sendo membro da União dos Escritores Angolanos.
Recebeu os prémios Sagrada Esperança (Angola, 2004); Conto – APE (Portugal, 2007); FNLIJ (Brasil, 2010& 2014); JABUTI juvenil (Brasil, 2010); prémio José Saramago (Portugal, 2013) e prémio Littérature-Monde (França, 2016) com o livro “Os Transparentes”, traduzido para francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco.
Por sua vez, Jordi Burch nasceu em Barcelona em 1979 e passou a viver em Portugal desde 1981. Estudou fotografia no Ar.Co– Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, e em 2008 passa a viver entre São Paulo e Lisboa.
Entre as suas actividades mais recentes destacam-se as exposições “Neighbourhood” na Bienal de Arquitetura de Veneza e Centro Cultural de Belém (Lisboa), as “Durações do rasto” na Fundação Iberê Camargo, Brasil, “Furo” na Janaina Torres Galeria em São Paulo e “Como coisa real por fora, como coisa real por dentro” na galeria das Salgadeiras em Lisboa. Em 2018 publicou o livro “Como está o início depois do fim?” pela editora Tinta da China.