Depois de já ter vencido vários concursos públicos para várias iniciativas estatais, como as obras de recuperação do Hospital Militar Central de Luanda e a construção do Cash Center do Banco Nacional de Angola (BNA), o grupo empresarial angolano Omatapalo voltou a ganhar o concurso para gestão do Hotel Infortur de Benguela, cidade angolana onde é governador um dos fundadores, o empresário e político do MPLA (partido que governa o país desde 1975), Luís Nunes.
O anúncio da conquista pelo Grupo Omatapalo da gestão do Hotel Infotur de Benguela foi feito, em comunicado, esta Sexta-feira, 24, pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) angolano, que dá ainda conta de que já está concluído o processo de cessão e de exploração da rede dos hotéis Infortur Benguela, Namibe e Huíla.
Aliás, o seguir à conquista da Omatapalo está um grupo de privados que também venceu a concessão do direito de exploração e gestão dos hotéis Infortur Huíla e Namibe.
Desde que João Lourenço, o presidente angolano, chegou ao poder, somam e seguem as críticas ao grupo Omatapalo, que tem beneficiado de várias obras como se de oferta se tratasse, segundo analistas da praça política angolana, citados vários vezes pela imprensa local. Em Luanda, a capital do país, não são poucas as obras em curso em que aquele grupo empresarial está à frente.
Analistas e vários críticos da governação do PR angolano dizem mesmo que as conquistas do Omatapalo resulta do facto de o negócio ter como shareholders, drectos e indirectos, vários políticos angolano.
Segundo o IGAPE, após terem sido concluídas todas as fases previstas nas peças do procedimento, e com base no critério de adjudicação nelas previsto, o Hotel Infortur Benguela foi adjudicado ao Grupo Omatapalo S.A e os hotéis Infortur Huíla e Namibe ao senhor José Jaime Agostinho Freitas.
O concurso público para a concessão do direito de exploração e gestão das referidas unidades hoteleiras da rede Infortur, com opção de compra, diz o IGAPE, “cumpriu com toda a tramitação administrativa necessária e em conformidade com o programa e a Lei de Bases das Privatizações”. Pelo menos 11 concorrentes participaram deste concurso concluído em 13 de Dezembro de 2021.
Este concurso enquadra-se no Programa de Privatizações (PROPRIV) do Governo angolano, gerido pelo IGAPE, que prevê a privatização de vários ativos e/ou empresas do Estado dos sectores da banca, telecomunicações, hotelaria, indústria e agropecuária, seguros, entre outros.




