A Odebrecht e a Bento Pedroso Construções, que integra o grupo brasileiro, ganharam um contrato de 1.168 milhões de dólares para construir o troço Luena-Saurimo do Caminho de Ferro de Benguela, em Angola, segundo um decreto presidencial.
No decreto, o Presidente angolano autoriza a despesa de 1.168 milhões de dólares e formaliza a contratação simplificada (por ajuste directo) por critério material para a concepção e construção do troço de 260 quilómetros.
No despacho, o Presidente da República, João Lourenço, justifica o investimento com a necessidade de melhoria do transporte ferroviário, volume de mercadorias e número de passageiros transportados, sublinhando a importância deste eixo ferroviário na ligação entre o litoral e o interior de Angola, partindo de Benguela até ao Moxico, permitindo o transporte de mercadorias a partir do Porto de Lobito até à Região das Lundas.
De acordo com a Lusa, o objetivo é dotar aquela zona de um meio de transporte seguro, fiável e competitivo que potencie actividades como a mineração, “altamente dependente dos meios de transporte para suprir as necessidades logísticas”, bem como dinamizar o projecto Planagrão, cujo objectivo é impulsionar as indústrias e seus derivados, com foco nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Cuando Cubango.