A passagem da Ocean Race em Janeiro pela ilha cabo-verdiana de São Vicente gerou um impacto directo de mais de 634 mil euros na economia local, anunciou o ministro do Mar, Abraão Vicente.
Numa intervenção durante um debate na primeira sessão parlamentar de Fevereiro, o governante afirmou que a passagem da maior regata a vela do mundo pela ilha teve um “impacto absolutamente brutal” na economia.
Pelas contas do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas e ministro do Mar, o impacto directo na economia da ilha foi de mais de 634 mil euros, no período entre 20 e 25 de Janeiro, em que os hotéis e restaurantes estiveram lotados.
Segundo avançou anteriormente a organização, mais de 40 mil pessoas visitaram a vila criada no Porto do Mindelo para receber a prova, uma média de mais de oito mil pessoas por dia, quando se esperava sete mil.
O ministro avançou que o Governo pagou 1,3 milhões de escudos para receber a regata, enquanto a Enapor, empresa que administra os portos cabo-verdianos, investiu 80 milhões de escudos (725 mil euros) para construir a nova ponte e o terminal logístico.
Entretanto, também o Banco Mundial investiu mais de sete milhões de euros para uma operação que considerou de “afirmação de Cabo Verde na região do atlântico”.
Com partida de Alicante, Espanha, em 15 de Janeiro, esta foi a 14.ª edição da Ocean Race, e as embarcações chegaram entre 20 e 22 de Janeiro a Cabo Verde, na primeira vez que a principal prova de circum-navegação do mundo fez escala no arquipélago.
Depois da paragem de cinco dias na ilha de São Vicente, a segunda etapa arrancou em 25 de Janeiro, rumo à Cidade do Cabo, na África do Sul, onde deverão chegar nos próximos dias.