Do miúdo franzino e mais pequeno que os restantes no campo de futebol, que parou de jogar durante um ano porque o Futebol Clube do Porto lhe partiu o coração, que uma mulher levou para o futsal e que foi jogar para o Sport Lisboa e Benfica depois de receber um tabefe por arregalar a vista por 10 mil euros, sobressai o principal: o carácter.
Ricardo Silva Braga, Ricardinho para os amigos, mas também para rivais, seguidores e toda a gente ligada ao futsal por todo o mundo, passa a bola à FORBES para que chutemos as perguntas relativas à carreira profissional que quer prolongar até aos 37 anos de idade – ainda lhe faltam cinco, ele que nasceu no ano em que Portugal assinou a entrada na Comunidade Económica Europeia, actual União Europeia -, e sobre a vida longe da bola, em que a família, os amigos e os arredores do Porto continuam a ser tema principal.
“O sucesso é perigoso, mas nunca me deixei levar por caminhos menos bons”, diz o melhor jogador de futsal do mundo, campeão europeu de clubes e selecções, ídolo de milhões em vários países e benfiquista assumido que tem noção da separação das águas entre o adepto e o atleta profissional.