O projecto Biocom, que tem como objectivo a produção do açúcar marca Kapanda, foi um investimento ousado. Foram aplicados 750 milhões de dólares, aos quais acrescentam-se 1,1 mil milhões de dólares em captação posterior de recursos. A produção de açúcar é a principal actividade do complexo industrial, ao qual se juntam produções paralelas de biocombustíveis como energia eléctrica e etanol. Contudo, hoje, a Biocom – um projecto da Odebrecht e do grupo Cochan – está também a importar açúcar em vez de o produzir, apesar da sua imensa capacidade.
A Biocom acredita que, em quatro anos, estará a produzir na sua capacidade total, produzindo 256 mil toneladas de açúcar, o equivalente a cerca de 60% a 70% das necessidades de Angola.
Especialistas defendem que esta discrepância deve-se à política cambial que favorece as importações e a um possível sobredimensionamento do projecto. Mas o futuro antevê-se positivo, já que a imensa procura doméstica e internacional deste produto pode fazer com que, a médio/longo-prazo, o complexo comece a laborar rumo ao sucesso e à sustentabilidade, como explica o artigo da FORBES Angola do mês de Outubro.