Um novo programa de ajuda financeira, ao abrigo do designado Extended Credit Facility (ECF) deve ser assinado a meio deste ano entre o Governo de Moçambique e o Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou fonte da organização de Bretton Woods.
Para já, a execução do referido acordo está dependente das negociações que já estão em curso desde o início desta semana. “Se as negociações forem concluídas com êxito nas próximas semanas, acreditamos que possa haver uma aprovação pelo Conselho Executivo do FMI, antes do meio do ano”, referiu fonte oficial do Fundo, citada pela Lusa.
Álvaro Piris representa o FMI durante a actual missão em Maputo, que decorre principalmente em formato virtual, no entanto, com o apoio contínuo do escritório de representação da instituição em Moçambique.
“O objectivo é negociar um novo programa de financiamento – ECF (Extended Credit Facility)”, acrescentou a mesma fonte, sendo que “a agenda segue as necessidades de discussões e por enquanto não há uma data específica para a conclusão”.
Estão ainda em cima da mesa e em discussão com Moçambique “uma série de reformas previstas nas áreas de gestão dos recursos naturais, governação e melhorias na gestão das finanças públicas”.
Já em Dezembro, o FMI tinha anunciado que as negociações sobre um Programa de Financiamento Ampliado iriam arrancar no final de janeiro. “Um programa apoiado pelo Fundo pode ajudar a aliviar as pressões financeiras num contexto de recuperação económica, apoiar a agenda das autoridades na redução da pobreza e na restauração de um crescimento equitativo e sustentável”.
O FMI foi dos primeiros parceiros a suspender as ajudas directas à Moçambique, em 2016, na sequência da descoberta do escândalo das dívidas ocultas do Estado, no valor de 2,7 mil milhões de dólares.