O presidente da Câmara Africana de Energia (CAE), NJ Ayuk, considerou nesta Terça-feira, 14, que o novo ministro das Minas e Hidrocarbonetos da Guiné Equatorial deveria apostar na criação de um ambiente atractivo para as companhias petrolíferas.
“O que é preciso agora é reinvestimento no crescimento energético e, para atingir isso, a Guiné Equatorial tem de criar um ambiente favorável para novos projectos de exploração de petróleo e de gás natural”, escreveu o líder desta associação que tem como objectivo potenciar os investimentos energéticos em África.
De acordo com o presidente da CAE, a Guiné Equatorial tem de se lembrar que está a concorrer por capital e investimento com o Gabão, o Gana, a Guiana e outros países que oferecem condições fiscais favoráveis às companhias petrolíferas internacionais, e se não conseguir igualar essa capacidade de atracção, será difícil manter a produção de gás e petróleo.
Segundo noticiou a Lusa, no seguimento das eleições presidenciais, o reeleito Presidente nomeou o antigo director executivo da petrolífera estatal, a GEPetrol, Antonio Oburu Ondo, como novo ministro das Minas e Hidrocarbonetos, passando Gabriel Lima para o Ministério da Economia e Planeamento.
Num artigo de opinião, NJ Ayuk lembra que “não houve nenhuma grande descoberta de petróleo ou gás na Guiné Equatorial desde a aprovação da Lei de Hidrocarbonetos, em 2006, e o próprio ex-ministro disse que a lei foi revista em 2021 para acomodar as necessidades e os desafios actuais que as companhias energéticas enfrentam”.
Por isso, concluiu, “o ministro Ondo tem de continuar a estabelecer e promover incentivos fiscais para os investidores aumentarem a produção nas zonas mais promissoras, criando e mantendo relações positivas com as empresas para desenvolver a reputação de um país que leva a indústria dos hidrocarbonetos a sério”.