A Estratégia Nacional 2023-2028, aprovado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para Moçambique, prevê que novos investimentos totalizem 100 milhões de dólares e que as exportações de electricidade de Moçambique para a África Austral atinjam mais de cinco gigawatts-hora.
A estratégia, diz o BAD num comunicado a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, visa a promoção da transformação estrutural do país, a melhoria da estabilidade fiscal, a criação de empregos decentes e o crescimento inclusivo.
O documento acrescenta que a Estratégia Nacional 2023-2028 prevê também o estabelecimento de uma zona produtiva especial de processamento agroindustrial até 2028, através da criação de 50 novas empresas e 200 novas cooperativas ou grupos de produtores externos.
“A estratégia tem duas áreas prioritárias: promover a melhoria da governação económica e do ambiente empresarial para facilitar o investimento do sector privado, e mobilizar recursos e transformar as cadeias de valor agrícolas através do reforço sustentável das infra-estruturas”, lê-se na nota.
O ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Max Tonela, citado no comunicado, sublinha que o Banco Africano de Desenvolvimento tem sido “um parceiro fundamental” no financiamento do desenvolvimento da nossa economia.
“Com esta nova estratégia, o Governo de Moçambique reafirma o seu compromisso de trabalhar para reforçar a nossa cooperação, tendo em conta os objectivos que definimos em conjunto para Moçambique”, afirma Max Tonela.
Por seu turno, Cesar Augusto Mba Abogo, representante do BAD no “país do Índico”, detalhou que estratégia aprovada aborda os desafios e oportunidades para promover o crescimento económico inclusivo e sustentável em Moçambique.
Entretanto, espera-se que a implementação da estratégia conduza a um maior envolvimento do sector privado, para impulsionar o comércio internacional, e que tenha um efeito de arrastamento, aumentando o investimento directo estrangeiro de 22,7% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB).