O “pensamento contemporâneo angolano”, que surge várias guerras civis, e a “necessidade da paz”, dominam a exposição “Escola Utópica de Luanda”, do português, angolano e cabo-verdiano, Francisco Vidal dos Santos, inaugurada nesta Sexta-feira na capital angolana.
O artista explicou que estão expostas mais de 50 obras originais criadas durante uma residência artística no espaço entre Junho e Agosto, informando que a mostra poderá ser visitada até 30 de Outubro 2024, entre Terça-feira e Domingo, das 12h00 às 20h00.
“Estive a pintar sobre a cidade de paz, nós estamos já a desenvolver um cultura de paz”, ressaltou Francisco Vidal dos Santos, licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e que fez um curso avançado em Artes Visuais na Escola de Artes Visuais Maumaus, em Lisboa.
O artista manifestou o desejo de expor o seu trabalho nas cidade de Mindelo e Praia, Cabo Verde.
“Aquilo que se faz lá é tao incrível. Gostaria tanto que houvesse uma ponte entre os artistas dos países que falam língua portuguesa”, sublinhou.
A exposição marca o fim da residência única de Francisco no ELA-Espaço Luanda Arte durante o ano de 2024, com todo o desenvolvimento técnico e conceptual condensado após cerca de três meses de investigação e prática do artista no interior e fora da galeria.
O fundador e director geral do ELA – Espaço Luanda Arte, Dominick A Maia Tanner, diz que a prática de Francisco destaca ideias em torno do trabalho e da mobilidade internacional.
“Ele é reconhecido por suas grandes instalações de pintura, desenhando poderosas linhas caligráficas em papel, cartolina ou pano cru, em cores vivas e esquemas cromáticos variados. A sua arte explora minuciosamente e cuidadosamente a experiência da diáspora africana, entrelaçando histórias e identidades nascidas da sua herança intercultural”, detalhou.