Foi lançado nesta Terça-feira, 01, o Polígrafo África, um projecto editorial online com dinâmica semelhante ao existente em Portugal. Com sede em Luanda, capital angolana, o título surge para cobrir os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
O novo jornal digital, que se vai dedicar ao fact-checking, ou seja, à confirmação de factos e dados apresentados em discursos, sobretudo de políticos, no espaço mediático e redes sociais, deve contar nesta fase de arranque com cerca de 20 jornalistas espalhados por Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. O projecto tem na direcção o jornalista angolano Maurício Vieira Dias, com passagens por conhecidos jornais e revistas do mercado.
Fernando Esteves, fundador e publisher do projecto, diz acreditar que o Polígrafo África fará a diferença em todos os países da lusofonia, indicando que o mesmo “será feito de dentro para fora e não de fora para dentro”, com jornalistas maioritariamente africanos.
“O director do jornal, Maurício Vieira Dias, é angolano e não faria sentido que fosse de outra forma. São eles que conhecem as múltiplas realidades da lusofonia. Estamos na posição de aprender com eles – e já aprendemos muito desde que, há cerca de um ano, tomámos a decisão de avançar com um projecto”, referiu, em declarações à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o também director do Polígrafo de Portugal.
Focado em cinco países africanos de expressão portuguesa, o Polígrafo África propõem-se em fazer o mesmo que o Polígrafo português vem fazendo, indo para além do jornalismo tradicional, “confrontando os discursos (de políticos e/ou governantes e demais entidades) com os documentos oficiais e, se não conferir, é colocado o selo ‘falso’, podendo ainda ser classificados com os selos ‘verdadeiro’ ou ‘impreciso’ nas declarações ou abordagens”.