A LS & Republicano – empresa angolana que presta serviços nas áreas de realização e produção de eventos, agenciamento artístico, criação e produção audiovisual, promove nos dias 15 [hoje] e 16 [amanhã] dois shows com o renomado artista brasileiro, Seu Jorge.
O primeiro show acontece esta Sexta-feira no Centro de Conferências de Belas (CCB), em Luanda, e o segundo no Luna Club, em Benguela, para os quais já terão sido comercializados três mil bilhetes.
Durante uma conferência realizada nesta Quinta-feira, 14, em Luanda, [Fernando] Nino Republicano, responsável da empresa promotora do espectáculo, disse que para além do músico brasileiro, o show vai contar com a participação de artistas nacionais, entre eles Cef Tanzy e Pérola.
De fora fica a cantora Anna Joyce, que se previa viesse a participar. Nino Republicano justificou a retirada da cantora angolana da agenda por 45 dias, devido ao seu estado de saúde.
“Mesmo assim, vamos fazer uma festa inesquecível. Este show representa bastante, sobretudo, numa altura em que esta difícil continuarmos a fazer cultura, esta difícil trazer artistas internacionais, porque quando nos negociamos o Seu Jorge, o câmbio estava 56 dólares e agora estamos a executar o projecto ao câmbio de 90 dólares”, detalhou o promotor, ressaltando que foi um “esforço titânico”, mas que está satisfeito.
Questionado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA sobre o valor investido neste show, o promotor escusou-se em falar para, alegadamente, “não colocar em causa as regras contratuais”, limitando-se em dizer que “não se trata de um projecto unicamente barato”.
Aurio Gama, também membro da organização do evento, garantiu que, apesar da alteração, para cima, do câmbio kwanza/dólar, a negociação não foi prejudicada. “Nós tínhamos uma lista com seis concertos internacionais para este ano, entretanto, acabamos por conseguir fechar apenas com o Seu Jorge e os KLB. Outros grandes nomes da música brasileira vão deixar de poder vir este ano, exactamente por causa da situação cambial”, acrescentou.
De acordo com o empresário do sector de eventos, “não vai ser um show lucrativo, infelizmente”. No entanto, afirma tudo estarem a fazer para garantir que, desde o princípio ao fim, possam oferecer a melhor qualidade possível. “É nisto nisso que estamos focados”, concluiu.