As dez estruturas museológicas de Cabo Verde receberam um total de 8.466 visitantes em 2021, um aumento de 130% face a queda de 2020, ano em que foram recebidas apenas 3.639 visitas físicas, por conta da pandemia da Covid-19, que limitou a circulação de pessoas e o fecho dos museus.
A informação foi divulgada pelo Instituto do Património Cultural (IPC), que ressalta que o aumento de 130% em 2021 ainda está muito longe dos cerca de 30 mil entradas de visitantes registadas em 2019.
Segundo o instituto, o aumento no ano anterior foi graças à inovação dos conteúdos em várias estruturas, ao reforço dos mecanismos de comunicação, e consequente retoma do turismo no país. “Ainda, mesmo sob os efeitos da pandemia e das restrições sanitárias, surgimento de novas variantes, os museus vêm recuperando, paulatinamente, alguma normalidade no seu funcionamento”, frisou a mesma fonte.
Entretanto, em 2021, o museu mais visitado foi o Campo de Concentração do Tarrafal, com um total de 4.215 entradas, sendo responsável por 50% do total das visitas em todas as estruturas no arquipélago. Seguiu-se a Casa da Morna Sodade, em Tarrafal de São Nicolau, com 834 entradas (10%) e do Museu Etnográfico da Praia, com 795 entradas (9%).
Nas posições seguintes surgem o Museu da Tabanca, com 712 visitas (8%), o Museu do Mar, com 584 (7%), o Museu Norberto Tavares, com 378 (4%), o Núcleo Museológico Cesária, com 308 (4%), a Casa Museu Eugénio Tavares (3%), o Museu do Sal, com 232 (2%) e o Museu de Arqueologia 158 (2%).
O Instituto do Património Cultural sublinha que o Museu de Arqueologia foi encerrado a visitas a partir de Agosto, “devido aos trabalhos para a organização dos conteúdos e sua instalação no novo espaço que brevemente se concretizará”.
Em entrevista à Lusa em Dezembro, a diretora dos Museus de Cabo Verde, Samira Baessa, havia dito que, após a abertura, esperava receber cerca de 20 mil visitas em 2021.