O antigo campo, hoje Museu da Resistência, foi preparado para receber as cerimónias centrais que evocam a resistência de mais de 500 pessoas que estiveram presas no “campo da morte lenta”, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.
Trata-se de uma data memorável já que um total de 36 pessoas não sobreviveu, a maioria, 32 mortos, eram portugueses que contestavam o regime fascista, presos na primeira fase do campo, entre 1936 e 1956, conforme a história.
Importa referir que a libertação de quem se opunha ao Estado Novo aconteceu poucos dias depois de o regime fascista ter sido derrubado com a revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal, como noticiou a Lusa.
Para marcar a data, os Presidentes de Cabo Verde, de Portugal e da Guiné-Bissau e o ministro da Defesa de Angola realizam uma visita guiada ao campo e as comemorações do dia terminam com um concerto com Mário Lúcio, de Cabo Verde, Teresa Salgueiro, de Portugal e ainda Paulo Flores, de Angola e Karyna Gomes, da Guiné Bissau.
Além do atractivo musical, o programa de hoje inclui o descerramento de uma placa comemorativa, uma sessão especial com os chefes de Estado e uma conferência sobre o campo do Tarrafal pelo historiador Victor Barros.