A Multitel, empresa de telecomunicações e tecnologias de informação, criou em Maio passado uma nova unidade de negócio focada na Investigação e Desenvolvimento (ID).
Trata-se do serviço de Infra-estrutura de Rede (cabeamento estruturado, fibra óptica, redes wifi), Data Center e Cloud (housting, e-mail, storage, backup, saas), Consultoria e Formação on Job (redes, sistemas e segurança), Voz IP (SIP trunk, linhas SIP e equipamentos de voz).
A ferramenta inclui igualmente o Cyber-Segurança (controlo e higienização de tráfego, IPS/IDS, protecção avançada contra malware), Web (websites, web marketing com gestão de redes sociais, optimização SEO), Automação e Segurança Electrónica (gestão de filas, CCTV, Bio-ponto, torniquetes) Softwares (ERP, CRM, sistemas de gestão e software à medida), cujo lançamento está previsto para 2 de Setembro via webinar, mas que a FORBES teve acesso em primeira mão.
António Geirinhas, director -geral da Multitel, diz à FORBES que o produto foi criado para dar resposta às necessidades do mercado.
“São soluções que o mercado vinha a exigir e outras que foram identificadas por nós como necessidades recentes e futuras, pouco conhecidas no mercado, mas que ao colocarmos no catálogo de produtos e serviços vão agregar valor e criar novas oportunidades nos segmentos em que operamos”, assegura o responsável.
Para além de fortalecer a oferta existente, o novo serviço, acrescenta o gestor, vai permitir aos clientes o acesso e expansão de serviços que requerem grandes investimento, tornando-os acessíveis com orçamentos mais razoáveis e operacionais.
Uma das principais vantagens é a possibilidade de o cliente poder interagir com um único fornecedor (neste caso a Multitel) para tratar de todas as necessidades a nível de serviços de telecomunicações, tecnologias de informação e sistemas de informação.
Para o efeito, avança António Geirinhas, a Multitel dispõe de técnicos experientes que poderão desenhar, com a equipa do cliente, um projecto que articule todas as soluções possíveis e ajudar a seleccionar a que melhor se adequa às necessidades e orçamento do cliente.
“A Multitel investiu, sobretudo, em know-how e desenvolvimento de job values para esta nova unidade de negócios ligada aos projectos de inovação e transformação digital dos clientes”, esclarece, acrescentando que “a aposta na formação de uma equipa jovem, competente e comprometida com o sucesso dos nossos clientes será a chave do sucesso. São estes investimentos que garantirão o futuro da empresa e que permitirão diferenciar a nossa oferta”, afirma António Geirinhas.
Com um volume de negócio a rondar os 3 mil milhões de kwanzas em 2019, com a entrada dos novos serviços, a empresa estima um crescimento na ordem dos 14% para este ano.
Mesmo em ano de crise severa, assegura que a empresa pretende continuar a desenvolver outros serviços ligados à área de tecnologias, bem como estudar a possibilidade de entrar noutros segmentos de mercado de forma inovadora.
“Mais aposta na formação ajudou a melhorar a qualidade”
António Geirinhas reconhece que o sector das Tecnologias de Informação e Comunicação tem desenvolvido de forma considerável nos últimos tempos, fruto do investimento que o governo tem vindo a fazer nesta área.
Considera que a aposta em estabelecimentos de ensino especializados na área das TIC´S, como o Instituto Médio de Telecomunicações de Luanda (ITEL)e do Instituto Superior para as Tecnologias da Informação e Comunicação (ISUTIC) têm ajudado a formar técnicos com um perfil empreendedor e muito vocacionado para as start-ups.
Destaca que, para além de formarem uma excelente base de recrutamento para as empresas do sector, os jovens acabam por desenvolver a sua criatividade, o que resulta em projectos inovadores no quadro das suas próprias empresas.
“Este é um sinal positivo para o sector e para Angola. A formação nestes ramos da engenharia é essencial para puxar pela qualidade das TIC`S e construir os pilares da nova indústria 4.0”, considera.
Há 20 anos no mercado nacional, a Multitel conta com 850 clientes públicos e privados, entre grandes, pequenas e médias empresas de diferentes sectores de actividade, partindo da banca, passando pelos seguros até à construção civil.
O seu quadro de pessoal é composto por 102 colaboradores directos, sem contar com os 50 técnicos e comerciais dos parceiros locais nas províncias onde têm actividade. “Potenciamos, desta forma e através destas parcerias, o empresariado local e o desenvolvimento regional”, conclui António Geirinhas.