A fortuna das 67 pessoas mais ricas do Brasil encolheu 7 mil milhões de dólares nos nove primeiros dias de Julho, saindo de 251,8 mil milhões de dólares para 244,8 mil milhões, segundo estimativas da FORBES, que inclui o nome de Eduardo Saverin, que na última semana se tornou o brasileiro mais rico do mundo.
A título de exemplo, os três multimilionários fundadores da fabricante de bebidas AmBev são responsáveis por 1,3 mil milhão de dólares desta queda. No início do corrente mês, Jorge Paulo Lemann ocupava o primeiro lugar da lista dos multimilionários brasileiros, com património estimado em 19,5 mil milhões de dólares. Na noite da última sexta-feira (9), a sua fortuna era estimada em 18,9 mil milhões de dólares.
Na quarta e quinta posição do ranking estão os outros fundadores, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira. A fortuna deles encolheu de 13 mil milhões de dólares e 10 mil milhões de dólares para 12,6 mil milhões de dólares e 9,7 mil milhões de dólares, respectivamente.
O mês de Julho também foi de perdas para Vicky Safra e seus quatro filhos: Jacob, David, Alberto e Esther, herdeiros do banqueiro Joseph Safra. Juntos, a família perdeu 3,7% do património estimado, ou seja, 600 milhões de dólares. O somatório da riqueza da família está agora estimado em 15,5 mil milhões de dólares.
Na casa dos sete dígitos, Jorge Moll Filho, terceira pessoa mais rica do Brasil, também viu sua fortuna encolher neste mês. A redução é calculada em 400 milhões de dólares entre 1 e 9 de Julho. O cardiologista e empresário fundou a Rede D’Or, composta por mais de 40 hospitais, incluindo os hospitais São Luiz.
Apesar da queda, Moll foi um dos brasileiros que mais ganhou dinheiro nos últimos quatro meses. Entre 5 de Março e 5 de Julho, sua fortuna cresceu 20,4%, passando de 11,3 mil milhões de dólares para 13,6 mil milhões de dólares no período. Nos últimos 12 meses, as acções da rede de hospitais se valorizaram em 12,16%.
Para estimar a fortuna dos bilionários, a FORBES leva em consideração o património e participação em empresas de capital aberto. Os valores são baseados no fecho da última sexta-feira, dia 9 do mês em curso.