As mulheres precisam capacitar-se mais para termos um número elevado delas na liderança do sector petrolífero e não só, defendeu a administradora executiva da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) de Angola, Ana Rosa Miala.
“Precisamos, acreditar mais que somos capazes porque nós criticamos muito que temos poucas mulheres na liderança, por exemplo no sector petrolífero temos apenas 22%, portanto é importante trabalharmos na base”, disse a gestora.
Falando à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, à margem da 1ª Edição do Forbes Annual Summit 2024, que decorre desde a manhã dssta Quarta-feira, 20, no Hotel Intercontinental, em Luanda, a responsável apelou as mulheres a se posicionarem como pessoas que educam à família e a sociedade, “e com este espírito, só precisam capacitar-se mais e terem menos receio de fazerem cursos técnicos e de engenharia e, assim poderão liderar qualquer sector”.
Segundo Ana Miala, a exigente indústria petrolífera “requer muito mão na massa”, daí ter defendido ser importante “as mulheres não verem [o sector petrolífero] como um sector de escritório, de estar sentada numa cadeira ou numa sala climatizada”.
Para a administradora da ANPG, o sector requer uma base inicial muito mais virada para instalações petrolíferas e para o dia-a-dia operacional”. “Portanto, se as mulheres tiverem maior coragem de fazer cursos técnicos e de engenharia, que são muito importantes, o número delas neste sector irá crescer”, perspectivou.
Por outro lado, a responsável apelou que têm de passar a mensagem as mais jovens, que estão ainda a fazer o ensino médio, que o curso de engenharia é igual a um curso de economia ou finanças, e não há segredo nenhum. “E todos os cursos requerem apenas dedicação. E assim [com dedicação] teremos mais mulheres a trabalharem no sector”, concluiu.
*Napiri Lufánia