Um grupo de nove mulheres angolanas trabalham actualmente na área de instalação eléctrica e montagens de painéis solares inteligentes no projecto da central solar do município da Baía Farta, localizada em Benguela, de acordo com uma nota da construtora portuguesa MCA Group .
Segundo a nota enviada à Forbes África Lusófona, o projecto, posto em prática para a promoção de energias verdes, o único desta dimensão, permite aumentar a sustentabilidade e revolucionar o acesso à energia em Angola.
“O ano de 2021 marca uma viragem em termos de contratação de recursos humanos no feminino, levando muito a sério o 5.º dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU – a Igualdade de Género”, lê-se no documento da empresa.
O grupo sublinha ainda que a empresa deu, assim, “um passo importante” na contratação de mão-de-obra feminina, no âmbito das energias em território angolano, onde, até 2023, prevê assegurar a construção de pelo menos mais sete projectos de energia fotovoltaica.
Por outro lado, neste momento, são já 13 mulheres que frequentaram a formação em processos internos do MCA Group, bem como formação de inglês. “Uma das principais preocupações do MCA Group é assegurar a total equidade de género e garantir em todas as acções e decisões da estrutura organizativa a total ausência de qualquer elemento diferenciador”, refere.
O MCA Group tem acumulado conhecimentos neste sector promissor, não ficando apenas pelas centrais solares fotovoltaicas de injecção na rede, mas também com uma forte aposta em armazenamento, redes, transformação e transmissão, mini-redes em sistemas isolados, bem como soluções industriais de auto-consumo.
Ao todo, o grupo conta com um universo de 130 colaboradores do género feminino, sendo uma das prioridades incrementar o número de mulheres em funções de maior destaque na organização, quer ao nível de funções de direcção, coordenação técnica e operacional.
O principal projecto solar onde participa o MCA Group em Angola consiste na construção de sete parques fotovoltaicos, em seis províncias angolanas, com uma capacidade total de 370 megawatts (MW), incluindo Huambo, Moxico, Luanda Sul, Lunda Norte e Bié e deverá estar concluído em 2023.
Aliás, o projecto, inclui o maior parque fotovoltaico da África Subsariana, no Biópio, Benguela (188 MW) e envolve um investimento de 500 milhões de dólares, com capacidade para produzir energia para 2,4 milhões de pessoas.