Na Europa há quatro países que produzem mais vinho que Portugal, mas a projecção dos néctares nacionais superam em muito essas contas. Prémios internacionais consecutivos, elogios na imprensa internacional, e gente nova chegada às adegas e vinhas com formação académica, elevam o preço e o valor do sector. Aqui, enólogos e viticólogos tanto surpreendem com uma sangria de marca tradicional de vinho verde, ou um rosé de Porto, como trazem à mesa um turbilhão de aromas como o do Barca Velha.
A partir de uma família que gere um acumulado milenar de história do vinho do Porto, analisamos o sector, aproveitando histórias de amor à vinha de apaixonados como Adrian Bridge, líder da Fladgate Partnership, Luís Sottomayor, “pai” do mais sumptuoso vinho nacional, e Leonor Freitas, que deu à região de Setúbal a marca homónima da sua mãe, Ermelinda.
Da análise de responsáveis institucionais do sector, destacamos o “cavalo de batalha” assumido pelo presidente da Viniportugal: os preços do vinho nacional estão aquém do valor do produto. Neste ano de produção mais escassa, mas muita expectativa sobre uma qualidade de excepção, há que aproveitar para puxar dos galões. E dos cifrões.