Tomás, Tiago, Amélia e Sofia têm origens, idades e formações diferentes. Provavelmente nem se conhecem, mas têm algo em comum: largaram as profissões que tinham e são hoje programadores de software, bem remunerados e felizes com a actividade profissional que têm. “Foi a mudança que eu precisava na minha vida”, diz Amélia Borges, licenciada em Gestão Hoteleira com 39 anos, natural da Ilha Terceira, local onde a Academia do Código tem um bootcamp e está a criar um pólo tecnológico de raiz, em parceria com o Governo Regional. Antes, a empresa fez o mesmo no Fundão, um município onde a aposta no fomento de um pólo tecnológico está a contrariar a desertificação humana.
Cerca de 96% dos formandos da Academia do Código encontram emprego no primeiro ano.
Fundada em 2013 por Domingos Guimarães e João Magalhães, a Academia do Código começou a ganhar tracção em 2015, quando a ressaca do período pós-Troika espoleta a oportunidade para criar um projecto alternativo na área da formação. “Percebemos que as competências que os jovens tinham não eram as que a sociedade e as empresas estavam a procurar”, explica João. Com cerca de 150 mil jovens desempregados no país, na sua maioria licenciados com idade inferior a 30 anos e uma escassez de 10 mil a 15 mil profissionais da programação em Portugal, o negócio parecia ter pernas para andar. Anos volvidos, o sucesso é notório: cerca de 96% dos formandos da Academia do Código encontram emprego no primeiro ano após frequentarem o curso.
A FORBES de Maio foi conhecer por dentro este projecto e dá-lhe a conhecer os casos de sucesso que esta start-up originou.