Os últimos dados provisórios divulgados no princípio da noite desta Quinta-feira, 25, pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) em Angola atribuem ao Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) uma vitória por maioria absoluta, com 51,07% dos votos, elegendo, para a Assembleia Nacional, 124 deputados.
Com 44,05% do sufrágio, o que corresponde a 90 deputados, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) aparece em segundo lugar, com o destaque de ter vencido o partido no poder no país em Luanda (com 62,59%) e no Zaire (com 52,1%), de acordo com a CNE, quando estão já apurados 97,03% dos votos depositados nas urnas das 18 províncias do país.
Os dados dão ainda conta que, a possibilidade de elegerem cada 2 deputados, e em terceiro, quarto e quinto lugar, respectivamente, estão o Partido de Renovação Social (PRS), com 1,13% dos votos, a Frente Nacional para Libertação de Angola (FNLA), com 1,05%, e o Partido Humanista de Angola (PHA), que obteve 1,01% da preferência dos eleitores.
A Convergência Ampla para Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 0,75% dos votos, a Aliança Patriótica Nacional (APN), 48%, e o Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO), com apenas 0,42% dos votos, figuram na sexta, sétima e oitava posição, respectivamente, sem a possibilidade de eleger qualquer deputado.
A Comissão Nacional Eleitoral informou ainda que a divulgação dos resultados finais deve acontecer em “momento oportuno”, já com a inclusão dos resultados dos votos no exterior, cujo o apuramento, como garante o seu porta-voz, Lucas Quilundo, “já está terminado”, sendo que, “tal como se estabelece na Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais”, reflectem-se para o círculo nacional.
Até ao momento, as quintas eleições de Angola registaram uma participação de 45,56%, dos mais de 14 milhões eleitores – o que se traduz num nível de abstenção acima dos 54% – com 97,06% de votos válidos, 1,66% em branco, 1,06 anulados e, 0,21% reclamados.
Antes da última divulgação provisória pela CNE, a UNITA realizou uma conferência de imprensa onde avançava dados diferentes aos oficiais, indicando uma vitória do MPLA mas por uma margem mínima.
Ao coro de contestação junta-se a CASA-CE que, convocou os jornalista para anunciar que a coligação, liderada por Manuel Fernandes, “não concordava” com os resultados provisórios, exigindo à CNE a publicação das actas das assembleias de voto.