Os prejuízos do Moza Banco, intervencionado em 2016 após o colapso do accionista português BES, baixaram para menos de metade no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período de 2022, segundo demonstrações financeiras.
O Moza Banco apresentou resultados líquidos consolidados negativos em 1,8 milhão de euros no primeiro semestre de 2022 e, no mesmo período deste ano baixou para um desempenho negativo em 792 mil euros, reduzindo assim os prejuízos em quase 56%.
Apesar dos lucros consolidados negativos, o activo total do banco subiu de 678 mil euros em Dezembro de 2022 para 780 mil euros em Junho de 2023 e o passivo também registou um incremento, passando de 559 mil euros para 45,3 milhões de meticais, com 37,6 milhões de meticais referentes a depósitos e contas correntes neste ano, contra 35,3 milhões de meticais (503 mil euros) no mesmo período do ano passado.
O Moza Banco, intervencionado em 2016, passando a ser liderado pela sociedade gestora do fundo de pensões dos trabalhadores do Banco de Moçambique, inverteu os prejuízos de 2021, passando a lucros de 1,3 milhão de euros em 2022.
O banco, o quinto maior do país e que aquando da intervenção tinha o português Novo Banco com um dos principais accionistas (49%), sucessor do Banco Espírito Santo (BES), apresentou um resultado líquido negativo de 1.381 milhões de meticais (19,7 milhões de euros) no exercício de 2021, desempenho que melhorou 106,5% no ano passado, para um resultado líquido positivo em 90,1 milhões de meticais (1,3 milhão de euros).
No que diz respeito aos índices prudenciais, no final de 2022 o índice de solvabilidade do Moza Banco situou-se em 22,58%, contra os 23,21% em 2021, enquanto o índice de liquidez atingiu 47,41%, contra 44,50% no ano anterior, “mantendo-se bem acima dos requisitos regulamentares estabelecidos pelo regulador”.