Um envelope financeiro de 731 milhões de dólares foi o total arrecadado pelos donos da Montepuez Ruby Mining (MRM), entidade que explora rubis no Norte de Moçambique, desde 2011, altura que o grupo mineiro iniciou operações no país, de acordo com contas da empresa tornadas públicas.
Ao todo, foram necessários 15 leilões de preços para se despachar várias pedras e de diferentes dimensões, tendo gerado, no global, 731 milhões de dólares, 88 milhões dos quais com origem nos leilões realizados neste mês, um valor considerado pela empresa como um recorde e do qual sete milhões de dólares serão canalizados para o Tesouro do Estado.
“Com cada pedra preciosa extraída do subsolo, tentamos sempre gerar mudanças em vários domínios, ou seja, mudar a vida da população local. Hoje, renovamos o nosso compromisso e a garantia de que continuaremos a investir no desenvolvimento do país”, projecta, entusiasmado, Ângelo Zandamela, director de Recursos Humanos da MRM.
Em função das suas operações e dos seus resultados, a empresa foi distinguida como o melhor contribuinte fiscal na província de Cabo Delgado neste ano, conforme a nota que dá conta do balanço de mais de 11 anos de actividade da MRM.
Desde Janeiro de 2011, as vendas da Montepuez Ruby Mining representam 94% dos fluxos monetários do país, relativos a esmeraldas, rubis e safiras, segundo a própria companhia.
A MRM possui cerca de 34 mil hectares de concessão para exploração de rubis em Cabo Delgado e apresenta-se como a principal investidora na extração de rubis em Moçambique, sendo detida em 75% pelo grupo Gemfields e em 25% pela moçambicana Mwiriti Limitada.