O presidente da comissão de gestão da Tmcel, Mahomed Adamo Mussá, afirmou que a estatal moçambicana de telecomunicações está num “novo renascer”, no âmbito da revitalização das operações até Maio de 2024, orçada em 132 milhões de dólares.
“Os primeiros dois meses foram para elaborar um plano a 18 meses para reverter a situação da empresa (…) É isso que vamos fazer: um novo renascer”, afirmou Mahomed Adamo Mussá, num encontro há dias com jornalista, em Maputo.
Os accionistas da empresa operadora de telecomunicações móveis e fixas aprovaram em Maio passado uma comissão de gestão, planos de revitalização da empresa e de redução de custos, a par de um estudo de rentabilização de centros de custos, dias depois de o ministro da tutela ter alertado no parlamento para a situação de quase colapso da Tmcel.
Durante o encontro, quatro meses depois, a administração afastou este cenário, revelando crescimentos em vários indicadores com a inclusão de novos produtos e explicou que o projecto de expansão e modernização da rede de telecomunicações da Tmcel, orçado em 132 milhões de dólares e financiada pelo Eximbank da China, com conclusão prevista para Maio de 2024, já foi executado a 57%, o que implicou, entre outros investimentos, a instalação de mais 778 antenas de transmissão do sinal de telecomunicações, numa previsão de 1 300.
“A nova comissão de gestão começou a trabalhar em Maio e focou-se em estabilizar a rede e a rede já começa a ficar estável. Nós temos zero sites [antenas] com problemas, por exemplo, de energia. Nós temos uma disponibilidade de rede acima de 97% e a nossa tendência é chegar mesmo para 100%, esse é o caminho”, explicou o director de marketing da Tmcel, Adil Ginabay.
Ainda no âmbito da modernização e expansão da rede, iniciada em janeiro de 2022, após “quase dez anos sem investimento”, a Tmcel, que opera uma rede de suporte de 7 600 quilómetros de fibra óptica e de 8 500 quilómetros de redes de acesso, já aumentou a cobertura de banda larga de 10 para 400 gigabits por segundo (Gbps).
“Já cobrimos as províncias do país, com exceção de Niassa, com a nova rede de 4,5G”, acrescentou Adil Ginabay, citado pela Lusa.