A República de Moçambique registou uma queda na taxa de desemprego de 3,2 pontos percentuais (pp) ao sair dos anteriores 20,7% no período 2014/2015 para os 17,5% no período 2019/2020. Os números são do Instituto Nacional de Estatística (INE) que reconhece limitações na medição do índice considerando a prevalência de atividades informais e de subsistência.
De acordo com o INE local, a taxa de desemprego apresenta um comportamento decrescente, sem “diferença significativa” entre homens e mulheres, mas com contrastes geográficos, já que a área urbana registou uma queda no desemprego na ordem dos 28,9% , contra 11,4% das zonas rurais.
“Maputo Província e Maputo Cidade registam as mais elevadas taxas de desemprego ao nível do país, com 31,6% e 37,1%, respetivamente(…). Do lado oposto, a taxa de desemprego mais baixa regista-se na província da Zambézia, na ordem de 10,7%”, aponta o INE.
Para os métodos de medição da entidade estatística moçambicana, considera-se empregado quem tenha tido trabalho remunerado durante pelo menos uma hora, nos sete dias anteriores ao estudo.
Entretanto, o organismo admite que a medição do desemprego “tem sido muito difícil nas condições socioeconómicas dos países em desenvolvimento”, tendo em conta, segundo o relatório de inquérito sobre o orçamento familiar 2019/2020, a “maior intensidade de actividades económicas de carácter informal e, também, pelo facto de a maioria das pessoas, mesmo que não tenha posto de trabalho, ter de praticar alguma atividade para sua subsistência”.
O estudo considerou como população desempregada todas as pessoas de 15 anos ou mais sem ocupação, trabalhadores ocasionais, trabalhadores por conta própria sem emprego e sem trabalho regular, assim como trabalhadores familiares sem remuneração.