A circulação de mercadoria em Moçambique caiu, nos 12 meses do ano passado, 18,1%, castigada pela pandemia da Covid-19 que restringiu as operações de cargas e transportes em quase toda a extensão do país, revelam dados do Instituto Nacional Estatística (INE) do país.
Como consequência dos impactos da Covid-19, também o seu sector dos transportes sofreu uma queda no período, ao registar um recuo de um quinto dos passageiros que se movimentavam com recurso aos transportes daquele país do índico.
Por conta disto, o tráfego de passageiros registou um decréscimo de 20,7%, como descreve o órgão estatístico oficial do Governo moçambicano, que justifica as reduções na base de transportes e circulação de bens e serviços com a medidas levadas a cabo para colmatar ou pelo menos travar a propagação da Covid-19.
De acordo com os números oficiais, o total de passageiros por quilómetro – medida uniformizada de medição – caiu de 48.579 em 2019 para 38.513 no último ano, com o sector ferroviário a ser um dos mais afectados com uma redução de 75,6%, seguindo-se o transporte aéreo com 40,6% dos passageiros e o transporte marítimo com menos 25,1% face a 2019.
Por sua vez, o sector das mercadorias viu o valor de toneladas por quilómetro descer de 18.538 para 15.183. “A redução no tráfego de carga, foi influenciada pelos subsectores de transportes aéreo e ferroviário, que registaram decréscimos de 41,2% e 25,6%, respetivamente”, descreve o balanço do INE.
Dados do sector da Saúde moçambicana revela que, até ao momento, o país tem um total acumulado de 1.922 mortes e 150.985 casos de Covid-19, dos quais 98% recuperados e 19 internados. Aliás, o país segue um abrandamento dos indicadores epidemiológicos desde Julho, altura em que foi registado o pico da terceira vaga de Covid-19.