A República de Moçambique viu o seu Índice de Inclusão Financeira (IIF) cair 12,76 pontos no ano passado, uma variação negativa pressionada pela crise da pandemia que forçou a queda ou perda de muitos agentes no sector da banca tradicional, de acordo com o relatório sobre o grau de cumprimento da metas de inclusão financeira do Banco de Moçambique (BM).
O relatório diz que a pandemia restringiu as actividades nos vários sectores da economia moçambicana, com destaque para a banca tradicional, nomeadamente agências bancárias, micro-bancos e cooperativas de crédito, além de agentes bancários, ATM, POS, entre outros e, consequentemente, dos seus indicadores, o que levou a deterioração da actividade económica.
Segundo a imprensa moçamica, que cita o documento do Banco de Moçambique, a queda do IIF agrava-se ainda pela redução acentuada dos pontos de acesso observada na cidade de Maputo, que contribui com maior peso na composição global do índice.
De igual modo, o IIF restrito, que agrega os 154 distritos do país, excluindo a cidade de Maputo, segue a mesma tendência de queda e reduziu em 1,68 pontos, fixando-se nos 7,57 pontos, em 2021, contra os 9,25 pontos de 2020.
“A monitoria e avaliação destas metas é parte integrante da estratégia, permitindo aos reguladores e partes interessadas avaliar os resultados alcançados e tomar medidas correctivas que visam o alcance dos objectivos já traçados”, frisou o regulador.
A instituição financeira adianta que, em 2021, a totalidade dos distritos apresentou, pelo menos, um ponto de acesso aos serviços financeiros alcançando, assim, a meta de 100% previamente definida. O documento observa que até finais de 2021 metade das metas globais já haviam sido cumpridas e que a totalidade dos distritos apresentava um ponto de acesso aos serviços financeiros.
No mesmo período, a percentagem da população adulta com acesso aos serviços financeiros não bancários providos por Instituições de Moeda Electrónica (IME) situou-se em 67,2%, bem acima da meta de 60% do ano 2020.