A República de Moçambique deixa de poder contar, nos próximos tempos, com as operações de prospecção das areias minerais do país da empresa europeia especializada Savannah Resources, num acordo de cessão de exploração que se espera encerrar de forma “amigável”, segundo uma nota distribuída à imprensa.
Da estratégia de retirada do país do índico africano, está também previsto a saída de todos os activos que a Savannah constituiu em Portugal, além da cessação do consórcio que a entidade mantinha com a Rio Tinto, para se concentrar na exploração de lítio em Portugal.
“O acordo de consórcio realizado com a Rio Tinto – originalmente anunciado a 11 de Outubro de 2016 – será terminado amigavelmente com efeito imediato (…). A Savannah irá também retirar os seus restantes activos de Moçambique”, descreve o documento.
A decisão do desinvestimento da Savannah no país foi tomada depois de a empresa “concluir a revisão estratégica das suas operações de areias minerais em Moçambique”. Para já, a Rio Tinto pagou 9,5 milhões de dólares à filial britânica da Savannah por rescisão do acordo de consórcio e da transferência da equipa para a empresa parceira, que passa a assumir, “integralmente”, a responsabilidade pelo projecto Mutamba.
“Ao focarmo-nos no desenvolvimento e comercialização do projecto de lítio do Barroso, [em Portugal], Mutamba tornou-se secundário para a Savannah e a saída foi acordada com o parceiro, Rio Tinto”, referiu David Archer, director-executivo da Savannah, citado no comunicado.
O gestor acrescenta que a transacção permite concentrar os recursos de gestão e reservas acrescidas de caixa exclusivamente em lítio na Península Ibérica.
Fonte: Lusa