O Governo de Moçambique anunciou, este Domingo, 13, o início da primeira exportação de gás natural liquefeito (GNL), produzido na bacia do Rovuma pelo projecto Coral Sul FLNG.
Numa nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o Gabinete de Imprensa da Presidência da República de Moçambique explica que o navio cargueiro British Sponsor parte das águas territoriais moçambicanas para o mercado internacional.
“O carregamento de GNL é o primeiro, no âmbito do contrato de compra e venda de longo prazo, com a BP, que cobre os volumes totais de GNL produzidos em Moçambique”, lê-se no comunicado.
Com o início da primeira exportação de gás natural liquefeito, refere o comunicado, Moçambique entra para os anais da história mundial como um dos países exportadores de LNG que, além de representar uma fonte alternativa de fornecimento, contribui em larga medida para a segurança energética nos países de maior consumo.
Na nota, a Presidência da República moçambicana descreve ainda que a efectivação deste empreendimento internacional “é sinal do reconhecimento pelo mercado de que Moçambique oferece um ambiente estável, transparente e previsível para a realização de investimentos multibilionários, onde sobressalta a alta tecnologia com o intuito de monetizar recursos numa fase de transição energética”.
Confiante nos resultados das operações, adicionalmente, o Governo de Moçambique fala dos efeitos sobre o equilíbrio externo pelo canal das exportações, com realce para a melhoria das contas públicas pela arrecadação de receitas fiscais por via de impostos sobre a produção, da partilha de lucros e da tributação normal em sede do IRPC, assim como da apropriação de uma tecnologia moderna por Moçambicanos, formados ao longo das várias fases da construção da plataforma flutuante.
Recorde-se que, em 2016, Moçambique aprovou o Plano de Desenvolvimento do Projecto Coral Sul FLNG, tendo testemunhado em 2017 a decisão final de investimento, focado na certeza de que 2022 teria a primeira produção a ser colocada no mercado internacional.