O Governo moçambicano criou e lançou na passada Sexta-feira, 20, um grupo de trabalho, co-liderado pela União Europeia (UE) e o Banco Mundial (BM), para tirar o país da “lista cinzenta” do Grupo de Açcão Financeira (GAFI), anunciou o Governo.
A criação do Comité de Coordenação da Assistência Técnica é a resposta de Moçambique ao anúncio feito no final de uma reunião plenária do GAFI, realizada em Outubro do ano passado, em Paris, França.
Na altura, segundo a Lusa, o organismo colocou o país lusófono na chamada “lista cinzenta” de vigilância reforçada devido a “deficiências estratégicas” no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Ao mesmo tempo, foram feitas nove recomendações para sair da lista, que incluem treino, coordenação e cooperação entre autoridades internas, dar-lhes dinheiro e pessoas para funcionarem, recolher informação e analisar o risco presente no país.
A organização não-governamental Centro de Integridade Pública (CIP) alertou que, no limite, a banca moçambicana pode sofrer restrições nas transações internacionais ou pode-se assistir à retirada da VISA de Moçambique.
O embaixador da UE em Moçambique, Antonino Maggiore, classificou a missão do grupo de trabalho lançado como “uma maratona para os próximos meses”, referindo que os assistentes técnicos da organização que representa já estão a trabalhar com as instituições moçambicanas, estando previstas várias missões para os próximos meses.