A República de Moçambique estabeleceu para dentro de sete meses o início da produção de Gás Natural Liquefeito na bacia do Rovuma, no Norte do país.
De acordo de uma nota oficial do Governo, o projecto de produção de LNG está associado à plataforma flutuante Coral Sul estacionada ao largo de Cabo Delgado, inaugurado no início deste ano pelo Presidente moçambicano Filipe Nyusi e prevê o surgimento dos primeiros resultados já em Outubro deste ano.
“Em Outubro deste ano vamos começar a ter os primeiros resultados em termos de produção”, referiu Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de Ministros, após a reunião do órgão realizada esta semana.
Para manter e garantir a funcionalidade das operações no Cora Sul, está prevista a formação de moçambicanos a bordo da infra-estrutura, uma das maiores do mundo na sua classe.
“Há um profundo know-how que vai ficando com os moçambicanos e ao longo dos 25 anos previstos de vida útil da plataforma (numa primeira fase) prevê-se que o número de moçambicanos, que agora é de 27, vá aumentando”, enfatizou o alto responsável do governo de Nyusi.
Dados técnicos sobre a plataforma de extração e liquefacção de gás Coral Sul mostra que a obra de engenharia é a primeira em águas profundas e o primeiro projecto do género desenvolvido em África.
Para já, a produção de 3,4 milhões de toneladas de gás natural por ano será feita dentro da área 4 de exploração de Moçambique e vai ser toda vendida à petrolífera BP durante 20 anos, com opção de extensão por mais 10.
A plataforma tem depósitos de armazenamento no casco e 13 módulos por cima deles, incluindo uma fábrica de liquefacção, um módulo de oito andares onde podem viver 350 pessoas e uma pista para helicópteros.
A área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.
A Galp, KOGAS (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detém cada uma participações de 10%.
*Com Lusa