As famílias e empresas moçambicanas passam, desde hoje, 17, a pagar mais pelos combustíveis depois de a Autoridade Reguladora de Energia (Arene) do país ter decidido anunciar novos preços dos mais variados produtos combustíveis.
A explicar o aumento do preço dos combustíveis está, segundo a autoridade local, o custo do crude no mercado internacional, que pressionou o aumento no preços final do produto no país.
De acordo com a nova tabela de preços que a Arene divulgou, o preço do litro da gasolina sobe de 69,94 meticais (0,99 euros) para 77,39 meticais (pouco mais de um euro), o litro do petróleo de iluminação aumenta de 47,95 meticais (0,68 euros) para 50,16 meticais (0,71 euros) e o de gasóleo passa de 61,71 meticais (0,88 euros) para 70,97 meticais (pouco mais de um euro).
Por sua vez, o quilo do gás de cozinha (GPL) passa de 71,2 meticais, pouco mais de um euro, para 80,49 (1,1 euros) e o gás natural veicular (GNV) aumenta de 32,69 meticais (0,45 euros) para 37,09 meticais (0,52 euros).
“Com a tendência de não abrandamento dos preços ao nível do mercado internacional, nós ficamos numa situação não muito comportável para as importações”, afirmou o presidente da Arene, Paulo António da Graça, citado pela Lusa.
Para Paulo Graça, os aumentos poderiam ter sido mais expressivos, mas tal não aconteceu devido ao impacto das medidas de mitigação anunciados na Terça-feira pelo executivo. Entre as decisões tomadas pelo Governo, inclui-se uma redução de taxas, custos e outros valores associados ao preço dos combustíveis.
Estas medidas fazem parte de um diploma conjunto dos ministros da Economia e Finanças, Max Tonela, e dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, “para atenuar o impacto do comportamento dos preços a nível internacional sobre a economia nacional”, lê-se em comunicado.
Segundo ainda o documento, “as medidas vigoram enquanto a situação de extrema subida dos preços no mercado internacional se mantiver”.
A anterior mexida nos preços dos combustíveis em Moçambique aconteceu em Outubro de 2021, quando a Arene anunciou subidas entre 7% a 22%, reflectindo a subida do preço do barril de crude que já se verificava na altura e que, entretanto, disparou com a ofensiva militar russa na Ucrânia.