“Quis começar por falar de amor, porque acredito que o amor é uma das maiores forças do mundo, para não dizer a maior força que existe.”. Á FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, Priscila Imelda Sitole conta que “sempre gostei de escrever e receber cartas, e sempre imaginei o quanto seria bonito, um livro com várias cartas de amor. E como o amor tem as suas fases, estas mesmas cartas teriam os sins e os nãos do amor.”
Qual foi a fonte de inspiração para escrever o livro ” Amor? Às vezes sim, Outras vezes não.”?
A fonte de inspiração foi o amor que vivo, os amores que presenciei, e os amores que de alguma forma apenas por escutá-los e acompanhá-los acabaram por cruzar com a minha jornada.
Sempre gostei de escrever e receber cartas, e sempre imaginei o quanto seria bonito, um livro com várias cartas de amor. E como o amor tem as suas fases, estas mesmas cartas teriam os sins e os nãos do amor.
Porque escolheu um assunto relacionado ao amor, sendo a sua estreia no mundo da escrita?
Quis começar por falar de amor, porque acredito que o amor é uma das maiores forças do mundo, para não dizer a maior força que existe. Uma das minhas passagens favoritas da Bíblia, Coríntios 1, 13, menciona que: “Permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. O maior entre todos eles, porém, é o amor.”
Muitas vezes pensamos que possa ser a fé, ou a esperança, que “é a última a morrer”, mas a maior força é o amor. Até porquê, todo amor verdadeiro, já vem carregado de uma fé absoluta e também de esperança.
O que vai prender a atenção do leitor no livro “Amor? As vezes sim, Outras vezes não.”?
Penso que todos já amamos em algum momento, e já passamos pelo sim e pelo não. Esta seria uma das principais conexões que o livro teria com qualquer leitor que já amou. Tenho recebido diversos feedbacks/comentários, de vários leitores que acabam por se identificar com um ou mais textos. Sejam os textos do sim, ou sejam os textos do não.
Para que grupo social é direccionado o livro ” Amor? As vezes sim, Outras vezes, não.”?
O livro é direcionado a todas pessoas que amam. É um livro simples em que temos o amor derramado em papel, e que não tem muitas palavras complexas.
Penso que a partir dos primeiros os anos da juventude, o livro pode ser facilmente lido, e compreendido.
Quanto tempo levou para escrever o livro?
Eu escrevo desde os meus 12 anos, diversos estilos literários. Aos 19 anos, comecei a aprofundar mais ainda sobre textos de amor. Nessa altura, abri uma página em uma media social, que chegou a perto de 100 mil seguidores (lusofonia- Moçambique, Angola, Portugal, e acima de tudo Brasil), e com alcances de 4 milhões por semana, devido às partilhas dos seguidores. No entanto, a página acabou por ser hackeada.
Em 2015 iniciei um trabalho “mais formal”, e deixei de lado a escrita, por diversos factores.
Mas continuei a escrever alguns textos, mas sem os publicar. Ia ouvindo de alguns seguidores antigos, que já tinha uma quantidade de textos que permitiam a publicação de um livro.
Há um ano, veio-me a ideia do título, após rever as diversas situações de amor que vi e vivi, conclui que o amor tinha as suas fases: do sim, e do não. Na última etapa da concepção do livro (neste ano), foram apenas 3 meses de dedicação em organizar os textos, e pô-los com a sequência certa de “Às vezes sim. Outras vezes não.”
Prefere um género literário ou vários?
Tal como na música, sou um pouco eclética com os livros. Gosto de livros que sejam interessantes, que me despertem o senso crítico, que me ensinem algo novo, ou me lembrem algo que já tenha esquecido.
Mas não posso deixar de ressaltar que, os meus favoritos são sim os livros que nos tocam a alma e o coração: seja através de uma carta, ou de uma personagem, que sentimos que as palavras poderiam ter sido escritas por nós.
Em relação ao livro “Amor? As vezes sim, Outras vezes não.”, qual foi a parte mais difícil de escrever?
A parte mais difícil foi criar o encadeamento do sim, e do não, e também colocar de forma equilibrada estes dois momentos do amor. Porque a princípio eram apenas textos gerais de amor, embora o título já estivesse pensado. Mas depois de avaliar, notei que ficaria muito mais claro para o leitor que houvesse uma alternância do sim, e do não. E na recta mesmo final, cada sim e cada não ainda levou um pequeno subtítulo.
Já tinha a história pensada e esquematizada ou deixou a imaginação fluir à medida que expunha o pensamento em papel?
Já tinha a base do livro minimamente concebida, até porque comecei a escrever o livro pelo título. E depois fui encaixando alguns textos escritos anteriormente, e outros escritos especialmente para o livro. Tive que também deixar-me fluir em alguns momentos, porque escrever sobre amor é mesmo isso, temos de ouvir o coração, e depois derramar no papel.
Em algum momento sentiu que já se tinha abordado tudo a respeito do conteúdo que expõe no “Amor? As vezes sim, Outras vezes não.”?
Em um mundo em que quase tudo está criado, dá-nos sempre esta ligeira sensação. Mas acredito que cada ser humano sempre tem o seu toque para adicionar a qualquer área já existente. E não existe saturação no amor. Porque quanto mais se dá, mais se tem.
Quanto mais se escreve sobre o amor, melhor é. Porque quem sabe assim, possamos tocar mais corações, ou inspirar mais pessoas a amar, mesmo depois de passar pelo não.
Como superou sem se deixar bloquear?
Sempre que possível, uso a música para voltar a fluir nas palavras. Uso memórias, gostos e desgostos.
Também pensei que sempre é importante que possamos deixar a nossa própria marca de amor no mundo. E assim o fiz.
Em poucas palavras como descreveria o livro “Amor? As vezes sim, Outras vezes não.”?
Este livro é a partilha de alguns textos de amor derramados em papel, que mostram que, assim como o dia tem os seus diferentes momentos (manhã, tarde, noite e madrugada), o amor também é feito de fases, e porque não, de frases? “Às vezes é um grande SIM”, e só nos apetece entranhar-nos com a pessoa amada. Outras vezes estranhamo-nos, e apenas queremos escapar rapidamente e gritar plenamente que “NÃO! Não fomos talhados para amar! Mas em que é que ficamos? Amor? Às vezes sim. Outras vezes não”.