A melhoria do conhecimento geológico sobre os minerais críticos para a transição energética está entre as prioridades do Executivo angolano para os próximos cinco anos, anunciou nesta Sexta-feira, 30, em Luanda, o Ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
“Neste mandato, pretendemos aprofundar o conhecimento geológico. Especificamente daremos prioridade a melhoria do conhecimento geológico relativamente aos minerais críticos para a transição energética” disse o governante num discurso proferido durante a cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, no organismo que lidera.
Recentemente, o Secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Víctor, afirmou que um estudo da Agência Internacional de Energia revelou terem sido identificadas um total de 44 ocorrências mineralógicas em Angola, onde se pode encontrar os seis minerais mais importantes para a transição energética, especificamente níquel, cobalto, lítio, cobre, grafite e elemento de terras raras.
Diamantino Azevedo reforçou, agora, existir já algum conhecimento que indicam a existência desses minerais no país, tendo realçado, no entanto, ser necessário a realização de estudos e o aprofundar de conhecimento, bem como a contínua realização de actividades geológicas, para melhorar a informação e permitir o desenvolvimento de mais projectos mineiros.
“Queremos fazer com que no nosso país surjam mais projectos mineiros”, referiu.
De acordo com o governante, o Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás (MIREMPET) também está interessado em obter mais informações sobre os agrominerais, “tendo em conta a sua importância para o desenvolvimento da agricultura”, um sector que constituí uma das grandes apostas do Executivo para o quinquénio (2023-2027).
“Vamos dar uma atenção especial sobre a melhoria do conhecimento de minerais como o fosfato, potássio, o calcário, o gesso e outros que são importantes para a composição dos fertilizantes, e depois a sua aplicação no processo agrícola”, indicou.
O ministro diz acreditar que a melhoria do conhecimento geológico de agrominerais poderá ajudar o país a ser autossuficiente em fertilizantes, matéria importante para se desenvolver a agricultura.
Governante promete refinaria de ouro dentro de cinco anos
Outra aposta do MIREMPET para os próximos cinco anos, segundo o ministro Diamantino Azevedo, é o aumento da produção do ouro, admitindo não terem sido concretizados os objectivos pretendidos ao nível da produção deste mineral no mandato passado.
“Trabalhando todos em conjunto, podemos aumentar também a produção de ouro no nosso país […] Tendo em conta o potencial [de ouro] que vemos no nosso país. O ministério, com a intervenção da ENDIAMA, está a construir uma pequena refinaria de ouro, para que possamos ter então um acréscimo do valor do ouro produzido no nosso país e facilitar todos o aspectos referentes a sua exportação”, fez saber.
Azevedo assegurou que a conclusão da “pequena refinaria” acontece ainda neste mandato e enfatizou que a sua entrada em funcionamento, somando a lapidação de diamantes, deverá contribuir para o surgimento no país da joalharia.