Cinquenta por cento de pessoas adultas em Angola terá já hoje acesso a uma conta bancária, segundo conclusões de um inquérito realizado no ano passado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), em parceria com o Banco Mundial, no âmbito do programa de inclusão financeira.
Falando esta semana à imprensa, José Massano, governador do banco central, que anunciou o facto, adiantou que o programa de inserção de cidadãos ao sistema financeiro nacional, lançado a cerca de dez anos, tinha término previsto para 2022, mas, “a dinâmica imprimida” pela instituição que dirige fez com que terminasse antes do prazo definido.
Massano defende que, apesar de se ter cumprido [o programa] antes da data prevista, há necessidade de se redobrar o trabalho, por não se tratar apenas de um processo de acesso a uma conta bancária, mas também do benefício desta relação com os bancos comerciais e das vantagens de uma gestão mais cuidada dos recursos de cada um.
Em conjunto com a banca comercial, o BNA deu início em 2011 a uma ampla campanha de promoção da educação e inclusão financeira, com o lançamento da “Conta Bankita”, que permitiu aos cidadãos a abertura de uma conta bancária com apenas 100 kz.
Esta semana, o Ministério da Juventude e Desportos e o Banco Nacional de Angola assinaram um protocolo de cooperação para a promoção da educação e inclusão financeira, com um período de vigência de dois anos.
O objectivo é proporcionar aos jovens, uma relação responsável e consciente com os bancos, bem como desenvolver programas sobre o empreendedorismo que visam a preparação e capacitação da juventude para o mundo dos negócios. Espera-se com isso a geração de empregos e de riqueza, no sentido de se promover o bem-estar dos jovens, em particular, e das famílias, no geral.