Aqui produz-se cerveja loira, preta, de trigo e radler. Estamos em Santarém, no lado de dentro da fábrica que Sousa Cintra construiu rente à auto-estrada A1 e que em 2009 foi salva por capitais espanhóis. Hoje, sob a liderança da Antoni Folguera, produz mais de 3 milhões de hectolitros e factura 120 milhões de euros só em Portugal – e já não tem as cabeças de animais selvagens nem os leões do empresário algarvio.
Os espanhóis acabaram por salvar um investimento que já tinha estado à beira da falência em 2006, quando Sousa Cintra vendeu a fábrica.
Antoni é o director-geral da Font Salem, empresa que em 2009 comprou em hasta pública a Drinkin, fundada por José Sousa Cintra. Os espanhóis acabaram por salvar um investimento que já tinha estado à beira da falência em 2006, quando Sousa Cintra vendeu a fábrica a Jorge Armindo, da Iberpartners. Mas se antes o nome Cintra cintilava no alto da fábrica, hoje poucos sabem o porquê de tanto camião a entrar e sair. “Como trabalhamos para marcas de outros, ninguém sabe quem fabrica”, explica Antoni. “Se não é fornecedor ou relacionado a nível industrial, ninguém sabe o que é a Font Salem”, assume.
As marcas próprias Cintra e Tagus, esta adquirida à Sumol+Compal em 2012, não chegam a 10% da produção, ficando o restante para as bebidas comummente designadas de marcas brancas dos super e hipermercados, os quais têm ao dispor um cardápio de 15 receitas de cerveja para escolha. Hoje, a fábrica produz mais de 3 milhões de hectolitros e factura 120 milhões de euros só em Portugal. Uma história de sucesso a ler na FORBES de Maio.